terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
terça-feira, 16 de junho de 2009
FOLCLORE
O ator Fábio Costa em parceiria com o Músico e Compositor Osnir Veríssimo montaram o Projeto Cultural PASSEATA DE MARMOTA. O objetivo deste projeto é regatar as lendas e folguedos do nosso Estado.
Ilustração: Osnir Veríssimo
MOROU – TÁ NA BOCA
De: Osnir Veríssimo/Fábio Costa
Que bicho feio é este
Que faz assombração
Parece um carneiro
É todo peludão
Ele corre da Vermelha
Pra baixa do Chicão
Passa na Macaúba
Fazendo danação
Correndo atas da gente
No pino da meia noite
Gritando com a voz rouca
Seu louco bordão
Morou, Tá na Boca...
Morou, Tá na Boca...
Será o Lobisomem
Não é ele não é
Será o Capelobo
Não é ele não é
É o Morou
Tá na Boca
Coisa feia assombração.
HAJA PAU
Era uma vez uma viúva que existiu por aquelas bandas do sul do Piauí, fazendeira rica que só tinha um filho. Como filho único o moço foi criado com muito mimo daí empavonar-se de ser senhor de si e fazer o que bem lhe desse na telha. O rapaz era um vaqueiro de primeira qualidade cavaleiro de peso e medida. Amansador de potro e burro bravo, por tudo isto, o povo chega mesmo a conclusão que o tal caso se dera por puro castigo. Pois foi assim: Numa Sexta Feira da Paixão o dito moço aprontou-se para um campo. Vai a velha sua mãe e lhe dissera que não fosse. Ele respondeu que ia. A velha pediu rogou, emplorou, tudo fizera para que o rapaz desistisse daquela arrumação, pois se tratava do maior dia-santo do mundo. O rapaz respondeu dizendo para a velha sua mãe na rosca da venta e em tonalidade de insulto e desafio, vou, vou, e ninguém empata, vou por que quero. Vou! Nem que haja pau. E se foi. Pois se deu que em pleno descampado, correu atrás de um boi. Lá adiante o boi caiu, o cavalo caiu de uma topada que deu por cima do boi, tambem o cachorro que vinha assim atrás. No final das contas todos morreram de pescoço quebrado. Pois bem, na noite do mesmo dia, na sentinela aquele pássaro até então nunca visto nem ouvido, cantou até alta madrugada, e daí por diante, por aquelas bandas, à noite, especialmente noite sem luar, ouve-se o canto feio e rouco daquela ave que diz direitinho: Haja Pau, Haja Pau...
De Osnir Veríssimo / Fábio Costa
Menino pé quente
Vaqueiro valente
Montado no seu alazão
Pegando boi brabo
Dentro da caatinga
Puxando no rabo
Com a palma da mão
Menino teimoso
Astucioso
Brincando com a imaginação
É rico, é farto
Dinheiro não falta
É um desordeiro
Matreiro e fanfarrão
Sua querida mãezinha
Com as mãos em capelinha
Reza e pede a Deus proteção
Mas o moleque danado
Zomba do pecado
Não teme uma maldição
Na Sexta Feira da Paixão
Foi cavalgar pelo sertão
Enfezou o cavalo
Tombou do animal
Hoje é um pássaro
Que vive a cantar
Uma triste latomia
Sem começo e sem final
HAJA PAU, HAJA PAU...
CABEÇA DE CUIA
Era uma vez, como começa todas essas estórias, um humilde pescador chamado Crispim, que vivia com sua mãe na Vila do Poty povoado de onde se originou.
Nossa bela Teresina as margens do rio Poty. Certo dia Crispim chegou a casa desesperado por que não conseguia pegar um peixe nem pára se alimentar com sua mãe nem para vender, pois o sustento deles dependia da pesca. Naquele dia a mãe de Crispim tinha conseguido um osso corredor de boi e colocou na panela com água e sal fazendo um caldo para eles comerem, mas ele que tinha chegado irritado e com muita fome, gritou para mãe que não queria aquela porcaria, em seguida arrancou o osso de dentro da panela e bateu com ele na cabeça da mãe. Ela ferida mortalmente saiu cambaleando ate o terreiro da casa e no pino do meio dia jogou uma praga no filho; ela gritou filho maldito, ingrato, vai te transformar em um monstro, terá na cabeça uma cujuba e serás chamado de Cabeça de Cuia, viveras nas águas dos rios Parnaíba e Poty em agonia profunda e o encanto só se quebrara quando devorares sete Marias virgens na beira dos rios.
Foto: Osnir Veríssimo
CABEÇA DE CUIA
De: Osnir Veríssimo
Crispim pescador do rio Parnaíba
Pedaço de gente, moleque insolente
Subindo em barranco fazendo estripulia
Eta vida de cão, eta vida arredia
Será que é de noite, será que é de dia
Crispim pescador pelas águas distantes
Vai remando, brincando e fazendo a folia
Sem eira nem beira e vivendo em arrelia
Eta vida de cão, eta vida arredia
Será que é de noite, será que é de dia
Filho ingrato, amaldiçoado,
Condenado e excomungado
A perambular pelas ruas de Teresina
Na cabeça uma cujuba
Lá vem o monstro Cabeça de Cuia
A devorar sete Marias virgens
Hei maldição que dá vertigens.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
QUADROS DO PROGRAMA
Leleco visita uma escola para mostrar como ela funciona, quais os projetos pedagógicos nela desenvolvidos e que resultados estão sendo alcançados. Conversa com alunos, professores, diretores e mostra apresentações culturais, tudo em clima de descontração e alegria.
PICADEIRO
Neste quadro serão mostrados entretenimentos voltados para o universo infanto - juvenil, como circo, teatro , etc.